Primeiro dia do Workshop FIMMA Espaço Indústria tratou de exportações 27/03/2019
O Brasil tem muito espaço para expandir no mercado de móveis e serviços de design nos Estados Unidos. Esse foi o ponto de partida da fala de Igor Izquierdo Celeste, da Apex Brasil, na palestra ?Oportunidades nos EUA?, realizada no primeiro dia de FIMMA Brasil 2019, dentro do Workshop no Espaço Indústria. Ele apresentou dados reunidos em um estudo de mercado encabeçado pela agência.

O cenário da economia norte-americana é positivo, de crescimento real de 2,3%, o que aponta para tendência de aumento de consumo. Alguns nichos se destacam nessa projeção. Os dois públicos prioritários que tendem a concentrar os gastos são de alto padrão. O primeiro deles, consumidores com 50 anos ou mais que investem e têm influência de arquitetos e designers e buscam espaços no interior, amplos. O segundo os Millenials, nascidos entre 80 e 94. É uma nova fatia de mercado que prefere espaços urbanos e multifuncionais. Os home offices, que pedem móveis funcionais e com impacto positivo na saúde vem expandindo também.

Hoje, nas importações, a China está na liderança e representa 48%, mas as sobretaxas na era Trump devem frear esse crescimento. ?O Vietnã, terceiro colocado, vem crescendo muito e é um competidor que deve ser acompanhado?, diz Celeste. O Brasil é o 16º colocado. ?Entre 2014 e 2016 cresceu 12% e tem muito mais espaço para evoluir?. Na atualidade, o Brasil está muito concentrado em móveis de madeira para quarto. O segmento de móveis de designer norte-americano é suprido muito pela produção interna.

Internacionalização

?Estejam prontos para as oportunidades?, alertou Alessandro Kralik, da Nelson Wilians & Advogados Associados, palestrante que também falou a respeito de Internacionalização de Empresas, no Espaço Indústria da FIMMA Brasil 2019, na terça-feira. Conforme o profissional, antes de qualquer coisa é necessário as empresas ?organizarem a casa?. ?Para se relacionar com o exterior é preciso fazer bem as tarefas internas?.

Kralik diz que não basta ter apenas preocupação de se colocar nos setores fora do país. ?São mercado exigentes, com consumidores preocupados com várias questões, como as ecológicas, legislações e políticas locais bastante restritivas. É preciso estudar bem elas e analisar o contexto?.