Workshop da FIMMA aborda diferenciação, conexão emocional e cenários de mercado 31/03/2017
A programação da FIMMA Brasil 2017 apresentou na tarde de hoje, mais uma edição do Workshop de Móveis. O ciclo de palestras, que seguirá nesta sexta-feira (31), tratou de temas como estratégia de diferenciação em acabamento, conexão emocional e cenários de mercado.

Saiba mais sobre cada palestra.

Acabamento: estratégia na diferenciação e agregação de valor

Produtos capazes de garantir um acabamento diferenciado aos móveis estiveram no centro da palestra de abertura do Workshop de Móveis, na programação desta quinta-feira (30). O tema foi abordado pelo gerente da Sayerlack, Marco Aurélio dos Santos, que apresentou alguns destaques da cartela de produtos da empresa especializada em soluções em tintas e vernizes.

Entre as tendências e elementos capazes de agregar valor aos móveis estão a linha metalizada, disponível para diversos tipos de acabamento, e o verniz soft touch, que apresenta toque sedoso, alta resistência a impacto e riscos, deixando aparente as linhas naturais da madeira. ?A madeira é um elemento que agrega valor?, frisou.

O móvel ainda pode trazer um aroma especial para o ambiente. A linha Fragranze proporciona isso através das fragrâncias Canela e Mamãe e Bebê. O diferencial, reforçou Santos, ainda pode estar na sensação de bem-estar transmitida pela madeira natural. Para garantir esse sentimento, há linhas de verniz que, além de proteger, mantém a naturalidade da lâmina.

Outro caminho possível está no uso de produtivos defensivos, que garantem proteção às superfícies contra agentes antimicrobianos ou mesmo contra a ação do fogo. ?Pensamos um pouco além e incorporamos esses produtos no acabamento. Além de proteger, ele decora?, afirmou, e concluiu: ?Infinitas são as possibilidades de pintura para os móveis e a escolha de cada uma delas vai estar relacionada à concepção do seu móvel e design?.

Design e negócios, conexão emocional

Na era da informação, não há como unir design e negócios sem que haja conexão emoção. Essa foi a defesa do designer Marcos Batista, diretor do Studio Marcos Batista.

De acordo com o palestrante, um problema latente no cenário atual está na escassez de recursos naturais, o que está mudando a forma de pensar das novas gerações e deve refletir na indústria como um todo. ?Estamos falando de uma mudança de mindset. Se lá atrás a gente vendia um atributo racional, hoje precisamos do atributo emocional. Isso quer dizer que em vez de vender produtos, eu começo a vender benefícios?, ressaltou.

A transformação comportamental impacta na mudança de estratégia. Para Batista, abandona-se um mundo tangível em troca do intangível. ?Nós passamos a trabalhar com base em problema e solução?, explica.

Na chamada Nova Economia, o desejo, o sentimento e o envolvimento ganham relevância. Aliado a isso, o consumidor deixa de ser passivo para tornar-se cada vez mais ativo, o que também estimula a valorização dos modelos colaborativos e a mudança no sistema de produto e serviço, onde o uso passa a ser mais importante que a posse. ?Você quer um filme ou um DVD? Uma música ou um rádio? As pessoas querem experiências.?

Para acompanhar esse cenário, as empresas precisam manter o relacionamento com o público e a tecnologia é de grande auxílio quando se trata de conectar pessoas. ?Se a sua empresa continuar falando de serviço e produto e não falar das mudanças que estão provocando, você deixa de ser relevante?, assegurou.

Segundo o palestrante, não há mais B2B (Business to Business) ou B2C (Business to Consumer), mas sim P2P (People to people). ?O que falta entre pensar e fazer? Falta o sentir, falta o afeto. Se não pensar igual o usuário, nunca vou conseguir conectar o pensamento com ação. Quando eu conseguir entender pessoas, aí sim eu confronto a possibilidade com a viabilidade?

A indústria brasileira de móveis: mercados e cenários

Consultor da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) e professor da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), Marcos Lélis ministrou palestra sobre o tema ?A indústria brasileira de móveis: mercados e cenários?.

Lélis trouxe um breve panorama do comércio mundial, onde mostrou que a China vem se posicionando de forma mais consistente em termos de exportação de móveis. ?A China era, em 2011, a primeira do ranking e continua sendo, no entanto, passando de um market share de 29% para 44%.?

Também chamou atenção para o desempenho do Vietnã que cresce, nas palavras dele, em ?velocidade chinesa?, e para o mercado da Turquia, que se destaca impulsionado também por seu posicionamento geográfico.

Conforme levantamento apresentado por Lélis, a China é responsável por quase 60% do crescimento nas exportações de móveis. ?Na hora de pensar concorrência internacional, não são os chineses os nossos concorrentes?, sentenciou.

Quando se trata de importação, os Estados Unidos são os principais demandantes de móveis, com um investimento total de 27 bilhões de dólares em 2015. Também estão na lista países como Alemanha, Reino Unido, França, Canadá, Japão, Suíça e Emirados Árabes.

O consultor da Abimóvel também alertou para a taxa de crescimento na produção de móveis, que apresentou uma queda de 20% em janeiro de 2016 e uma redução de 2% em janeiro de 2017. ?Percebe-se que estamos entrando em uma fase de estabilização, mas o crescimento real em produção, talvez, em 2018 ou 2019.?

Considerando que o Brasil é o quinto maior produtor de móveis no mundo, a produção nacional, avaliou Lélis, está muito ancorada no mercado interno, com apenas 28% de sua produção sendo destinada à exportação. ?O efeito disso nós vemos quando o mercado interno se fecha. Temos que pensar como posicionar o Brasil no mercado mundial de exportações.?

Para abrir mercado, sugeriu começar por países como Peru, Uruguai e Bolívia - onde o Brasil detém o maior market share.

Entre os mercados-alvos, aqueles com perspectiva de maior crescimento para os próximos anos, estão Chile, Colômbia, Emirados Árabes, Chile, Panamá, Peru e Reino Unido. ?Aqui no Rio Grande do Sul pode ser mais fácil vender para o Uruguai do que para o Sergipe, por exemplo?, considerou.

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Saiba mais sobre a FIMMA Brasil 2017, acesse:
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Março/2017